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N​ã​o é remela, é o brilho dos meus olhos

by Ruben David Marques

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elementus musicalis
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elementus musicalis Cheguei aqui com três anos de atraso mas o que conta é que cheguei. Com uma simples guitarra e uma voz bem esgalhada fazem-se grandes canções de bom gosto com humor irrepreensível. Adorei 😀😀😀 Favorite track: Sou eu o camafeu.
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1.
A altura é perfeita Irmos sair só nós dois A um destino remoto P'ra evitar multidões Não quero apanhar o vírus Estou infectado contigo Promete o fim desta quarentena Fá-la pequena Fala, pequena Não quero apanhar o vírus E ficar com convulsões Antes vou sair contigo Alimentar compulsões Não quero apanhar o vírus Estou infectado contigo Promete o fim desta quarentena Fá-la pequena Fala, pequena Ié [Wow weow Wowowowowowowowowowowow Yeah, yeah baby Hoh, huh Hoh yeah C'mon baby Let me hear you say it, aah Huuuh, hohn Hun hun hun hun Huun, mmmm Mmbo]
2.
A vida é como a estrada (à noite), só vemos trinta metros para a frente; P'a trás não vemos nada (à noite) e as curvas aparecem de repente. Já estou a sufocar, pá, abre o vidro p'a vir ar! Não há um corte há horas, estou deserto p'a virar! A vida é como a estrada e tens de circular no pavimento; À volta estás cercada e só te resta olhar p'ró firmamento Abranda o carro, apaga as luzes, vamos só testar Se dá p'ra andar por esta estrada só à luz do luar. A vida é como a estrada e tu já vais com uma luz fundida (fuNdida, tem ali um éne, não sei se perceberam.)
3.
Eu sei que (só) lês coisas escritas por quem sabe escrever Lês coisas tão bonitas, rimas difíceis de apreender (aaah) Mas eu não sei escrever como quem sabe escrever Eu só sei escrever como quem mal sabe ler E só ouves cantigas que já nem cantigas são São delírios de artistas, lirismo em canção (aaah) Coisas (tão) profundas, fruto de alta formação E eu só sei cantar do cu-ração Talvez se eu tocar assim um pouco como os Beatles Tu me dês mais atenção, E com esta cadência vou passar-te esta vibração, Vibração, Vibração, ié! Eu sei que estás noutro plano, mais alto que o meu Não há divindade que me inspire a ser Orfeu És a parte esculpida, mas sou eu o camafeu Uma pedra preciosa e nunca/sempre teu Uma pedra preciosa e Nunca/sempre Teu (Porque eu vi no dicionário que um camafeu Além de ser uma pessoa feia Também é uma coisa feita de pedra preciosa)
4.
Qual é a coisa, qual é ela, que quando te apanha tu é que o apanhas? Qual é a coisa, qual é ela, que quando o apanhas, ele já te apanhou? Já ele te apanhou, já ele te apanhou. Ele vai apanhar-te, ele vai apanhar-te! Olha que apanhas, olha que apanhas! Olha que apanhas! Olha que o apanhas! Olha que te apanho! Ai se tu me apanhas…
5.
A altura é perfeita Para sairmos os dois A um destino remoto Pʼra evitar multidões Não quero apanhar o vírus Estou infectado contigo Promete-me o fim desta quarentena Fá-la pequena Fala, pequena Não quero apanhar o vírus E sofrer com convulsões Antes vou sair contigo Alimentar compulsões Não quero apanhar o vírus Estou infectado contigo Promete-me o fim desta quarentena Fá-la pequena Fala, pequena {Fala, pequena, fá-la pequena Fá-la pequena, fala, pequena Aaaaaaaiaaaiaaaii (Porque é que eu faço sempre isto) Aah}
6.
Se me vires, carrega em mim! Se me vires, carrega em mim E ouve-me! Carrega em mim duas vezes! Carrega em mim duas vezes Ou uma no coração! Carrega no avião e manda! Carrega no avião de papel ou manda-me Para o car… … rega em mim, Carrega em mim. O diabo que carregue em mim? O diabo ME carregue a mim!
7.
esta canção é sobre drogas, todas as canções são sobre drogas, todas as canções de amor são sobre droga. sabes que o amor é uma droga, sabes que canções de amor são droga, todas as canções de amor são sobre droga. quem usa droga é toxicodependente; o amor é tóxico e tu és dependente. esta canção é sobre drogas, todas as drogas são sobre drogas, todas as drogas são drogas sobre drogas. drogas drogas, drogas drogas; drogas drogas drogas, drogas drogas; drogas drogas drogas drogas, drogas drogas. drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas, drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas. drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas drogas.
8.
Aqui está algo que nunca te disse, a sinfonia do largar E eu já te disse tanto, mas ainda assim tão pouco Não me faças repetir. [E repito] Aqui está algo que nunca te disse, a sinfonia do largar E eu já te disse tanto, mas ainda assim tão pouco Não me faças repetir. Queria que me libertasses desta prisão que fiz para mim próprio… Tira-me de mim… Tira-me de mim.
9.
Não trabalho, mas tenho calos. Não trabalho, mas tenho calos. Sou cigarra e tu formiga, Que entre nós nunca haja espiga. Não trabalho, mas tenho calos. Não trabalho, mas tenho calos. Deixa cantar-te uma cantiga, Esta é nova e esta antiga. Não trabalho, mas tenho calos. Não trabalho, mas tenho calos. No verão encho a barriga, No inverno sê minha amiga. Não trabalho, mas tenho calos. Não trabalho, mas tenho calos. Sou cigarra de pouco alento, O teu ouvir p'ra me dar talento. O teu ouvir p'ra me dar talento! Não trabalho, mas tenho calos Não trabalho, mas tenho calos Não trabalho, mas tenho calos Não trabalho, mas tenho calos Não trabalho, mas tenho calos Não trabalho, mas tenho calos…
10.
Two things 01:40
there are only two kings, silence and the song; one is reconnecting, one is never gone; spikes of self infliction, masses of self doubt, all my recollections repossessed in clout. there are only two things that I truly want: (to) have you or forget you, that is all I want; neither have I found here, callous overthought. heaven haven't sent you, god help me move on. (long single sustained raspy note)
11.
disseste p'ra eu ficar em casa, mas eu queria voltar p'ra casa; disseste pra eu ficar em casa, mas eu queria voltar pra casa. é um castigo que alguém me deu, não querer fazer o que queria fazer depois de alguém me dizer para fazer o que eu já ia fazer. e agora que estou sempre em casa, tanto em casa como costumava fazer, já estou farto de estar em casa e a minha casa está a desaparecer. é um castigo que alguém me deu, não querer fazer o que queria fazer depois de alguém me dizer para fazer o que eu já ia fazer. (e é.) disseste p'ra eu ficar em casa e eu queria voltar p'ra casa; disseste p'ra eu ficar em casa mas já não dá p'ra voltar p'ra casa… vejo o tecto a desvanecer e as paredes todas a derreter. estava enganado, não estava a ver, já não sei nada onde é que estava a viver.
12.
Os pássaros 02:20
bonita formação em que voam totalmente aleatória cada mudança de direcção totalmente irrisória o caminho é assim não te enganes, vai por mim o teu/(meu) medo um festim de cabelos a voar unha e carne a separar vem comigo imitar os pássaros e a [repete, troca «teu» por «meu»]
13.
small fish, big fish now you're cookin' deep fry, big lie now you're smokin' my friend that's livin' inside your mind any friend that's livid is so divine tell me that you want it, that you need it, that you miss it small fry, big big fry now we're talkin' small talk, big talk no one's laughin' no one's got good reason to say goodbye there is no good season not to leave you hangin' out to dry tell'em that you got it, that you'll get it, that you'll make it
14.
From up here 03:06
From up here there's a view and there's nothing you can't see But I can't see you and you can't see me From up here I can see the world for what it truly is: it's just a bunch of lights and a bunch of tears It's just a bunch of lights and a bunch of tears From up here you can touch the sky just reach out, reach out, reach out and touch the sky but you can pretty much do that anywhere you like from up here there's a view of me and you Oh, me and you But I can't see you It's just me and you but I can't see you Just me and you but I can't see you
15.
Borboletas 02:26
Deixas-me aqui a ver borboletas Deixas-me aqui a ver borboletas O contentor destas minhas letras Um dia não te arrependas Sonetos não são emendas As consequências tremendas de um poeta que nunca soube o que escrever Esbracejante no gostar e valente no estragar conheceste o escritor que não sabia calar Imponente de vazio transbordante desvario não gostava de ouvir xiu e bem estava a precisar Deixas-me aqui a ver borboletas Deixas-me aqui a ver borboletas tontas e vãs como as minhas letras Deixas-me aqui a ver borboletas Com um trôpego fazer e a afogar num claro sentimento de prazer Sem a invenção do ser já ninguém me vai salvar e só me resta afogar
16.
Não há nada que importe Que não seja do futuro Não há nada que te afecte Que não venha do futuro A manada do futuro vai A manada do futuro vai Carregar E tu vais Fraquejar Eu não sei se acreditas Em viagens pelo tempo, Mas os problemas do futuro São os touros do pensamento E carregam desenfreados Sina triste da cornada, Vêm todos do futuro, Parecem não querer mais nada A manada do futuro vai A manada do futuro vai Carregar Pelo tempo Sufocar (Uuuuu) (Aaaaa) (Uuuuu) (Aaaaa) São touros violentos E bois loucos sanguinários Só viajam pelo tempo Porque são imaginários Amainada do futuro vais Amainada do futuro vais Descansar E os touros Amansar (Uuuuu) (Aaaaa) (Uuuuu) (Aaaaa)
17.
Tirei palavras das bocas toda a gente Para escrever-te a maior carta de amor de sempre E o mundo agora já não me diz nada. E tu também não. Nessa ganância de usar todas as palavras Não me lembrei de deixar algumas para ti Já me arrependi.
18.
Quando o vi dançar Pensei logo em casar Não me vais convencer A mudar de canção Quando o vi dançar Pensei logo em casar Não me vais convencer A mudar de vestido O senhor está comigo E o meu coração não aguenta mais Não acredita mais em ti Porque me esqueci de ti Quando o vi dançar Pensei logo em casar E o dia vai raiar
19.
Que sorte que eu tive de te ter na minha turma, a rapariga mais bonita lá da escola Um dia no cinema tive a ideia de um poema que depois podia usar na aula de português Toda a gente saberia que o poema era sobre ti, mas no ardor da paixão adolescente não me importei e li Envolto na negra opressão do quadro, para professora e amigos, em partes iguais de insanidade e coragem declamei que te amava a quem quisesse ouvir Toda a gente saberia que o poema era sobre ti Alguma coisa fiz bem, alguma coisa fiz mal, porque foste minha e eu fui teu; e já não és, e já não sou, e a vida assim seguiu, mas o poema cá ficou-ou Toda a gente sabia que o poema era sobre ti Toda a gente sabia e nunca mais eu me esqueci de ti, ié Toda a gente sabia que o poema era sobre ti Toda a gente sabi… Toda a gente sabia que o poema era sobre ti Toda a gente sabia e nunca mais eu me esqueci de ti, iei-é Toda a gente sabia Toda a gente sabia e nunca mais eu me esqueci de ti, i i
20.
O mau em bom 01:54
Simpatizo com esse olhar de quem cala o seu vagar na rotina de transformar o mau em bom. Adormeço em teu lugar. Sei que ficas a matutar, «como é que eu hei de transformar o mau em bom?» E a janela dos sonhos abriu-se para mim: um mundo em que não tem de ser assim. E a janela dos sonhos abriu-se para mim… um mundo em que não tem de ser assim.
21.
Falamos pelo Instagram, pelo WhatsApp e o Discord, e ao telefone da tua mãe, e ao telefone da tua mãe, (hi, hi, hi, hi.) Com tanta troca de mensagens deixas-me os dedos a arder, e outras partes também, e outras partes também, (ai, ai, ai, ai.) E se me deixas só em lido, logo fica bem mais frio: é o inverno do desdém, é o inverno do teu desdém, (ai, ai, ai, ai.) Cada vez mais a resposta tarda em vir… Há cinco dias que só vejo o teu sumir… Mas em que é que eu me fui meter? Estou a ensandecer, Por ti! Manda-me uma SMS, ou então um postal; um sinal de fumo! Diz-me só: Vais deixar-me só? E eu já estou tão só… só mais uma vez… Manda-me um aerograma com qualquer coisa em Morse, um email anónimo! Diz-me só: vais deixar-me só? Ai, eu já estou tão só… e tão só vou ficar só mais uma vez… uma vez… uma vez… uma vez mais. Mais? Nunca mais! Nunca mais Redes sociais. Mais?! Nunca mais. Nunca mais Redes sociais.
22.
Suspiros 02:14
Não ponhas os teus ovos todos na mesma cesta, Não vá haver muita agitação na tua vida. Acabas com claras em castelo infinitas. E depois o que é que fazes com isso tudo? Suspiros. Ai, suspiros. Mas falta doçura, tens de lhes juntar açúcar; E sumo de lima estabiliza a estrutura. É sempre preciso acidez nas nossas vidas. Esperemos que as gemas não se intrometam Que não queremos ovos mexidos. Aaai, suspiros. Não chores mais sobre o leite que foi derramado, Não vão as lágrimas coalhar a proteína. Tens toda a razão, as lágrimas são bem salgadinhas; No máximo salgas as «natillas». Suspiros. Aaaaaai, suspiros… É o que acontece com os ovos todos metidos na mesma cesta: Suspiros. Os ovos partiram-se? O leite derramou-se? Suspiros.
23.
Dou-te um abraço tão terno Que o podias vestir; Se te calhou este duque O abraço vem a seguir. É um abraço de copas, Traz nele três corações: O meu, o teu e o dele, Inspiração para canções. Submeto Para tua apreciação, Sujeito A levar um aperto de mão, A braços Com aquele temor de te perder, Tão brando, Este abraço que tenho Para te oferecer. Dou-te um abraço tão brando Que entrou em filmes antigos. Tenho abraços guardados P'ra todos os meus amigos. Submeto À tua consideração, Sujeito A ficar de abraço na mão; Abraços Tenho p'ra dar e p'ra vender, Mas este Será p'ra sempre o teu, É só mostrares querer. Submeto À tua consideração. Tenho p'ra dar e p'ra vender, Mas este Será p'ra sempre o teu, É só mostrares querer.
24.
Banana 01:50
Amarela, curva, fácil de comer: não, não se trata de uma prostituta biliosa com escoliose; sim, trata-se antes de uma fruta saborosa que tem sacarose. É bom comê-la com manteiga de amendoim em vez de andares a enfardar em bolas de Berlim. Com queijo num papo-seco é um deleite dos deuses, «ó “Ambrósio”, traz-me lá essa “ambrósia”» amarela, curva, fácil de comer, importada de onde está sempre calor. É a Índia o seu maior produtor, mas maior exportador é o Equador. (dados de 2019) Podes botá-la na salada ou nos teus cereais; fazer papinhas de aveia com banana é demais! Já ouvi dizer que dá para fazer um gelado que é só banana toda esmagadinha! HmmMmm, banana, banana HmmMmm, banana, banana Hmmmmm, banana, banana HmmMmm, banana, banana
25.
Sem saber 02:40
[sem saber o que dizer por mim não pude defender o mal que cometi não direi que não logrei de errar boa verdade é que me deixas sem razão e sem saber]

about

(Se carregarem nas músicas encontrarão pequenas grandes dissertações acerca de cada uma que poderão elucidar, divertir, iluminar e aborrecer; e talvez fazer com que passem a gostar menos delas, ou mais. É conteúdo sobre conteúdo! Isto não tem preço!)

Coincidentemente (ou não), durante a grande pandemia de 2020 (lembram-se?!) senti grande inspiração para criar música. Mas fazer música só para nós não tem tanta piada como fazer música para os outros.

Eu não me sentia confortável a partilhar as canções que vou fazendo, mas calhou ter amigos que parecem apreciar estas canções e que me incentivaram a partilhar com o mundo as musiquetas que fazia, portanto assim fiz.

O meu meio de eleição para partilhar aquilo que crio é geralmente o Instagram, e então decidi encher-me de coragem e expor-me como nunca tinha exposto, e filmar-me a tocar praticamente todas as músicas que fui fazendo e publicar os vídeos dos «takes» mais bem sucedidos na minha conta do Instagram.

Este álbum é apenas uma recolha do som de (quase) todos esses vídeos que depois tentei editar de modo que não vos furasse os tímpanos e fosse ligeiramente mais claro.

A qualidade é rafeira, é certo: não estão a ouvir canções gravadas num estúdio caro (algumas foram gravadas no carro) com os meios mais sofisticados, estão a ouvir músicas por vezes gravadas apenas como vídeo num telemóvel.

Mas não confundam isso com «música de má qualidade» só porque é música de quem nem lavou a cara.
É que tal como acontecia nos vídeos, isso não é remela: é o brilho dos meus olhos.

credits

released June 20, 2020

Com agradecimentos ao Joaquim e ao Miguel, ao André e ao Pedro, à Rita, à Clara, à Mariana, à Luísa, à Inês, à Sheila, à Joana, ao Martim e ao Afonso, ao Silvestre, ao Dinis e à Dina, tudo gente que me apoiou e/ou ajudou e/ou inspirou em variáveis graus.

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Ruben David Marques Leiria, Portugal

Ruben David Marques é um artista que desafia rótulos. Ainda no outro dia o vi refilar com o duma garrafa de refrigerante.

Nunca resiste a descolá-los.

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