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É chat (Redes sociais nunca mais)

from N​ã​o é remela, é o brilho dos meus olhos by Ruben David Marques

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about

Quem não se identifica com esta ideia, hoje em dia?!

Bem, haverá sempre quem não, não é? Haverá pessoas que são sempre aquelas que não respondem, porque toda a gente quer tanto falar com elas.
Talvez também elas tenham aquela pessoa que queriam que respondesse e não responde. Sei lá. Devem ter. São capazes de ter.

Eu identifico-me muito bem com esta ideia, mas na verdade a ideia foi-me trazida por alguém que se veio queixar a mim de problema semelhante. E na verdade a ideia começou por ser a da segunda estrofe, das partes a arder, como é natural, porque afinal de contas sou eu. Mas mais uma vez tive de deixá-la para para segundo lugar e arranjar outra para ser a inicial porque não quis estar a pôr logo a parte engraçadinha à partida, precisava que houvesse uma rampa que nos levasse até ela, uma introdução.

A terceira estrofe no entanto correu muito bem, porque consegui pegar na ideia do calor da segunda, invertê-la, e manter a rima dos últimos dois versos repetidos com os das estrofes anteriores utilizando este verso de belo efeito recheado com esta bonita e poética ideia do «inverno do desdém».

Agora pergunta-me: porquê «ensandecer»?! Nós não ensandecemos «por», ensandecemos «com» ou «de».

Pois é, tens razão. Mas às vezes «há razões que a própria razão desconhece».
Simplesmente preferi a forma como a palavra «ensandecer» se enquadrava na canção, e simplesmente acho uma palavra mais interessante e original. E simplesmente… era esse o som que me parecia que vinha ali naquele verso. Talvez precisasse do S de «ensandecer» para ter mais força, porque o «L» de «enlouquecer» seria fraco, não pontuaria a métrica tão bem.

Esta ideia de fazer uma canção em que uma relação juvenil parece estar bem mas rapidamente corre mal não é nada original.

Esta ideia de fazer referências a métodos de comunicação mais antigos num acto de desespero por um contacto também tenho a certeza de que a roubei de outras canções, mas não consigo lembrar-me quais.

Esta ideia de dizer «só mais uma vez» e depois repetir a secção prévia é o tipo de coisa tola que eu teimo em fazer, e o trocadilho de ao mesmo tempo ser alguém a dizer que está «mais uma vez só» também.

E esta ideia de «tão só» «ir ficar só mais uma vez» servir para enfatizar que o narrador já estava tão só mas ia ficar só de novo mas também servir como aquele «tão só» de «tão-somente» também.

E esta coisa de escolher um título só pelo trocadilho (chat/chato) também é outra.

Que é tudo como quem diz: mais uma vez sinto que não sou nada original, nem sofisticado, nem profundo, e que estou basicamente sempre a fazer a mesma cantiga ou então a copiar cantigas antigas.

Mas pronto, é o que é. ®

lyrics

Falamos pelo Instagram,
pelo WhatsApp e o Discord,
e ao telefone da tua mãe,
e ao telefone da tua mãe,

(hi, hi, hi, hi.)

Com tanta troca de mensagens
deixas-me os dedos a arder,
e outras partes também,
e outras partes também,

(ai, ai, ai, ai.)

E se me deixas só em lido,
logo fica bem mais frio:
é o inverno do desdém,
é o inverno do teu desdém,

(ai, ai, ai, ai.)

Cada vez mais a resposta tarda em vir…
Há cinco dias que só vejo o teu sumir…
Mas em que é que eu me fui meter?
Estou a ensandecer,
Por ti!

Manda-me
uma SMS,
ou então um postal;
um sinal de fumo!

Diz-me só:
Vais deixar-me só?
E eu já estou tão só…
só mais uma vez…

Manda-me
um aerograma
com qualquer coisa em Morse,
um email anónimo!

Diz-me só:
vais deixar-me só?
Ai, eu já estou tão só…
e tão só vou ficar só mais uma vez…

uma vez…
uma vez…
uma vez mais.

Mais?
Nunca mais!
Nunca mais
Redes sociais.

Mais?!
Nunca mais.
Nunca mais
Redes sociais.

credits

from N​ã​o é remela, é o brilho dos meus olhos, track released May 20, 2020

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Ruben David Marques Leiria, Portugal

Ruben David Marques é um artista que desafia rótulos. Ainda no outro dia o vi refilar com o duma garrafa de refrigerante.

Nunca resiste a descolá-los.

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